domingo, 10 de outubro de 2010

ANA JULIA O MENOR BEBÊ DO MUNDO

Ana Júlia, o menor bebê do Brasil, volta para casa

Ela nasceu com 365 gramas, o menor prematuro do Brasil. Passou quatro meses na UTI em situação de risco altíssimo.
Este foi o primeiro domingo em casa de Ana Júlia, um bebezinho manhoso que só quer saber de colo.

Ana Júlia nasceu com 365 gramas, o menor prematuro do Brasil. Passou quatro meses na UTI em situação de risco altíssimo --e saiu sã e salva.

Agora faltava pouco, agora estava quase acabando. Só quem já voltou pra casa sem o filho nos braços sabe o quanto dói passar por isso.

A Leila viveu uma rotina de incertezas desde maio, mas finalmente está chegando ao prédio onde a família mora, no Rio de Janeiro com a Ana Júlia no colo. Um momento de muita intimidade e de muita emoção, que ela permitiu que o Fantástico acompanhasse.

“Eu olho pra ela e tentando acreditar que está acontecendo tudo isso sabe, que estou podendo viver o que eu tanto sonhei, o que eu tanto almejei nesse período todo, um período longo, difícil”, conta Leila Horácio.

Exatos 132 dias de espera, angústia e muita ansiedade. Leila é hipertensa. Por isso, a gravidez foi interrompida na 24º semana - quatro meses antes do previsto.

Frágil e delicada, Ana cabia nas mãos dos médicos. O pezinho era menor que o dedão da enfermeira. O bebê pesava 365 gramas e media 27 centímetros. E logo enfrentou uma cirurgia cardíaca.

“Alguma coisa sempre me falava: pode ficar tranquilo que essa daí vai sobreviver”, diz o pai Jorge Eduardo Horácio.

A força da família foi alimentada pela dedicação dos profissionais e pela tecnologia disponível hoje.

“Quinze anos atrás, menos de 10% de crianças de 500 gramas sobreviviam e hoje eu diria que mais de 80% dessas crianças tão sobrevivendo. Então a tecnologia foi determinante’, explica o médico José Maria Lopes.

As que pesam menos de 500 gramas, como Ana Júlia, são de altíssimo risco e precisam de acompanhamento as 24 horas do dia.

“Um simples manuseio, uma coleta de sangue, uma troca de fralda, elevar as perninhas do bebê pra trocar a fralda, eventualmente pode ter uma oscilação de pressão e isso pode ser um fator de risco pra que haja um sangramento cerebral”, explica o médico Fernando Martins.

“A principal causa de uma gestação terminada prematuramente é a ausência de pré-natal. A condução do pré-natal bem feita é a garantia de sucesso na gestação e que ela chegue o mais próxima do termo possível”, observa Fernando.

Em 2006, Arthur também nasceu com 24 semanas, e de mãe hipertensa. Pesava apenas 20 gramas a mais que Ana Julia.

“O Arthur tinha 23 centímetros, pezinho tinha 3,7 centímetros, tamanho de uma moeda de R$ 1”, lembra a mãe Ana Paula Carvalho.

Hoje, aos 4 anos, ele é um garoto vigoroso e esperto. E com direito a duas festas de aniversário por ano.

“No dia que nasceu, que é o 4 de agosto, e 7 de dezembro, que foi o dia da alta. É uma forma de lembrar que o Arthur brigou muito pra estar aqui”, explicou o pai Paulo da Costa Jr.

Ana Julia já teve a primeira festa. Foi no dia em que deixou a maternidade.

“Esse bebê aqui eu tenho o orgulho de dizer que eu segurei na palma da minha mão, cabia aqui e desse tamanhozinho, pequenininho foi o primeiro colo”, relembra o chefe de enfermagem José Antônio Pires.

A brava e ainda pequenina Ana Júlia, com 2,345 quilos e 43 centímetros, recebia alta.

“Eu vou sentir falta demais dela Essa coisa de você saber que o seu trabalho está cumprido, mas ao mesmo tempo te dá aquela coisa assim, aquele frio, poxa, vai embora. A gente queria mais um pouquinho também”, diz a médica residente Carina Ribeiro.

Leila ouviu as últimas recomendações médicas e se despediu das mães que ficaram na UTI.

É Dia das Crianças na terça-feira e Ana Júlia já ganhou de presente casa e uma família vitoriosa.

“Eu me sinto uma privilegiada de ser mãe de um bebê que já veio me ensinando tanta coisa”, afirma Leila.

“O quartinho está pronto. Filha, esse é o seu quarto. Você vai ser muito feliz, estou muito orgulhosa de você”, diz Leila, emocionada, numa declaração de amor a Ana Júlia.




Vi essa reportagem e me emocionei, passei por isso também, meu João Vitor nasceu prematuro de 31 semanas, ficou internado na UTI Neonatal por 30 dias e 3 dias no quarto do Hospital São Lucas de Taubaté, com 1k 460 gramas e 40 cm, foi um vitorioso, todos os dias iamos na UTI visitá-lo . A espera pela alta foi longa, os dias não tinham fim, a tristeza era muita, as incertezas também,só quem passou por isso sabe o que é, é uma agonia muito grande ir pra casa e deixar um pedacinho no hospital, ver o bercinho quentinho no seu quartinho e lembrar do bebezinho só de fraldinha dentro da incubadora.Mas td passou ,graças a Deus .Uma coisa me chamou a atençao nessa materia que diz , um parto prematuro é consequencia de falta de pré-natal, com um pré-natal bem feito isso não acontece. Tive uma tristeza muito forte com minha ginecologista que me atendia todo mês dizendo que td estava bem,mas ela nunca me perguntou como era minha vida,nem sabia que eu trabalhava muito longe de casa, que tomava 3 conduções pra ir e pra voltar do trabalho, todo dia.E na ultima consulta eu ainda pedi pra fazer um ultrassom e ela me respondeu que era cedo, que o bebê estava muito magrelo e que iria sair feio no ultra, se eu tivesse feito com certeza iria acusar que algo estava errado.E no dia que entrei em trabalho de parto, ela estava em congresso e não pode me atender ,então fiquei nas mãos de medicos que eu nem conhecia,mas o pior de td foi que após o parto eu fiquei esperando que ela ao menos ligasse pra mim perguntando se eu estava bem e ela nunca me ligou, foi a gota d´agua.Fui abandonada pela minha ginecologista no momento que eu mais precisava, isso me corta o coração até hoje. .


2 comentários:

  1. É amiga..só quem passou por isso sabe a dor que é de voltar para casa sem seu bebê nos braços.
    A incerteza de que vc não sabe como será o dia de amanhã.
    Mas glória a Deus pelo milagre de vida que Deus deu a essa bebezinha e ao João Vitor.
    Deus escolheu salvar eles porque certamente ele tem um proposito para a vida de cada um deles.
    Beijos...
    Danny e Matheus
    www.mamysdematheus.blogspot.com

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  2. Minha filha também se chama Ana Júlia,também nasceu prematura,passamos por uma serie de dificuldades,entre elas o refluxo,no qual via meu nenê com leite saindo após as mamadas pelas narinas etc.Hoje ela já tem 2 anos é meiguinha.linda e esperta.A história da pequena Ana Júlia e a do João Vitor,bem como a minha só me remetem a uma só explicação:Deus nos ama e quis nos presentear e nos mostrar o quão somos fortes e podemos superar e vencer por amor aos nossos filhos amados.OBRIGADA MEU DEUS e parabens a nós pais que amamos incondicionalmente e batalhamos por esses pequenos seres chamados filhos.

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