Hoje faz 7 dias que nosso João Vitor está com estomatite, doença que judia demais das crianças, ele não se alimenta pois está com a boca repleta de aftas, chora de dor, dá um desespero , um aperto no coração, não estou indo trabalhar, não tenho como o deixar assim, meu coração sofre, quero ver meu filho sorrindo novamente.
Pesquisei na internet sobre a doença , vou postar aqui , acredito que vai ajudar as mães a entender mais sobre a doença os cuidados necessários para se evitar .
O que é estomatite?
Um monte de aftas doloridas, febre, falta de apetite...
Saiba mais sobre essa inflamação bucal que perturba as crianças e tira o
sono dos pais
Se amidalite acomete as amídalas e a tendinite, os tendões, a
estomatite afeta o estômago, certo? Nada disso. A palavra estômato, que
vem do grego, quer dizer boca. Ou seja, trata -se de uma inflamação da
cavidade oral, provocada por vírus, e que se caracteriza pelo
aparecimento de aftas, acompanhadas de dor, febre e muito desconforto.
Não é à toa que as crianças ficam irritadas e com dificuldade de se
alimentar. A má notícia é que o problema é bastante comum em idade
escolar e, para desespero dos pais, não há muito a fazer, a não ser
aliviar o incômodo. Felizmente, após uns 15 dias, as feridas desaparecem
sem deixar marcas. A seguir, respondemos todas as suas dúvidas sobre
essa virose.
O que provoca a estomatite?
Normalmente, o vírus responsável é o da herpes simples (HSV-1). Em
menor incidência, os da família Coxsackie também podem causar
estomatites. Ambos se aproveitam de momentos de baixa imunidade,
provocados por uma gripe, por exemplo, para entrar em ação.
Quais são os principais sintomas e áreas afetadas?
Primeiro, a gengiva fica avermelhada e surgempequenas erupções
arredondadas. No dia seguinte, aparecem bolhas que se rompem, dando
origem a pequenas úlceras, semelhantes a aftas redondas e amareladas,
que costumam ter até 5 milímetros. Elas se espalham por toda a boca –
sobretudo na gengiva, mas também na língua e até no começo da faringe,
próximo às amídalas. Os demais sintomas são febre alta e outros
decorrentes da dor, como irritabilidade, falta de apetite e dor de
cabeça. Em geral, isso dura de dez a 15 dias, mas o período mais crítico
é entre o terceiro e o sétimo dia.
Em que períodos a estomatite é mais comum?
No outono e no inverno, os episódios são mais frequentes, por ser uma
temporada de gripes e resfriados que torna o sistema imunológico mais
vulnerável. Além disso, a circulação em ambientes fechados facilita a
transmissão dos vírus, pela saliva contaminada ou contato com as lesões.
A doença é mais comum na primeira infância e pode ocorrer a partir dos 6
meses, quando o bebê para de receber anticorpos da mãe pelo leite
materno. A maior incidência se concentra entre 2 e 5 anos, período em
que as crianças normalmente já vão à escola e vivem em contato próximo
com os colegas.
É possível, mas não comum, ocorrer uma infecção secundária, devido à
baixa da imunidade. Nesse caso, o tratamento requer antibióticos. Na
maioria das vezes, a complicaçãomais grave é a desidratação, já que as
feridas na boca fazem com que a criança tenha dificuldade em comer e
beber.
Não há providências totalmente eficazes. Lavar as mãos é sempre bom
para evitar vários tipos de contaminação. Outra dica é manter os objetos
levados à boca sempre higienizados, com sabão ou detergente – e nada de
dividir talheres com os amigos. Prefira brinquedos de plástico, mais
fáceis de limpar do que os de madeira, deixando-os imersos em uma
solução de hipoclorito de sódio (água sanitária, na proporção de uma
colher e meia de sobremesa para um litro de água), e enxaguando bem
depois.
Que providência tomar se ele ficar doente?
Escola ou creche, nem pensar, pois pode contaminar outras crianças até
que as lesões sequem, o que leva cerca de dez dias. O ideal é ficar em
repouso, ingerir bastante líquido e alimentos pastosos frios, pouco
ácidos e com o mínimo de tempero. Iogurte, sorvete, gelatina e suco de
frutas não ácidas, como maçã e mamão, são boas opções.
Como fazer a higiene bucal?
A proliferação das aftas faz as crianças resistirem à escova de dente,
que pode machucar. Assim, mau hálito e sangramentos na gengiva não são
raros pela falta de escovação. Bochechos com clorexidina 0,12% ajudam a
manter a boca limpa. Os pais podem, ainda, usar gazes embebidas em soro
fisiológico para limpar os dentes com delicadeza.
Podem ser administrados analgésicos?
Sim, podem ser utilizados para aliviar os sintomas, assim como
antitérmicos, se houver febre. O importante é procurar um médico, para
que a dose e o tipo de remédio mais indicados sejam prescritos.
Sim, pois o vírus continua no corpo, em estado latente, pela vida toda.
Se o sistema imunológico ficar enfraquecido, ele pode voltar a se
manifestar, só que com sintomas mais brandos. Ainda bem!
FONTES: Fábio Ramôa Pires, professor da graduação e
da pós-graduação em Odontologia da Universidade Estácio de Sá (RJ) e
presidente da Sociedade Brasileira de Estomatologia e Patologia Oral
(Sobep); Maria Beatriz Duarte Gavião, professora da área de
Odontopediatria da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Taís de
Sousa Barbosa, professora da área de Odontopediatria da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp) e Tiago Gara, gastropediatra do Hospital
São Luiz (SP).